segunda-feira, 6 de junho de 2011

Prazeres e "desprazeres"

Faz muito, muito tempo desde que eu escrevi aqui pela última vez. Tanto tempo que nem me lembro mais sobre o que escrevia ou a maneira pela qual me expressava.

Algum tempo atrás cheguei a conclusão de que era possível viver baseada somente em prazeres intelectuais. Que eles me satisfariam completamente e que não me decepcionariam. Eu me enganei, me enganei de uma forma tão, mas tão grande que resolvi registrá-la aqui: um lugar que há muito não me recordava, ou que quando recordava não era com grandes alegrias e sim com algum pesar por nunca ter conseguido fazer dele o que gostaria que fosse.

Falhar machuca, errar machuca, acertar pode machucar, tudo machuca. Todos esses machucados e cicatrizes definem nosso caráter e vão nos transformando e moldando, definindo quem nós somos e como nos comportamos. 

O meu último machucado foi um "desprazer" intelectual. Acreditava saber a matéria e quando fui questionada sobre ela em um momento de maior tensão não soube, errei, falhei. Estou falando sobre vestibular. Aquela maldita prova para a qual você passa a sua vida estudando, a prova que diz avaliar seu conhecimento, mas que em grande parte só avalia a sua memorização e a sua capacidade de pensar sobre stress. 

Machucou mais do que eu esperava e me pôs a pensar que os prazeres físicos são necessários. E muito necessários, sem eles nosso corpo não produz as substâncias necessárias para que todos os outros prazeres sejam possíveis, entre eles o intelectual; E afinal de contas "desprazeres" físicos são machucados reais e não figurados. Eles saram, são superados, o que deixam é uma marca e recordação de algo a não se repetir para que o mesmo erro não seja cometido novamente. Afinal de contas nossa memória é muito maior que a de nosso coração que por vezes insiste em cometer os mesmo erros repetidamente, sem nunca entender que existem coisas pelas quais não vale a pena lutar.

2 comentários:

hitaisaka disse...

Um erro repetido é uma lição não aprendida.
E cada memória, boa ou ruim, faz de você quem é.

Nossa Re, estamos muito mais sincronizadas do que você pensa. Só precisamos conversar com calma.
Venha até mim qualquer dia. vou te receber, te dar um abraço e um chocolate e vamos conversas sobre o que se passa em nossas almas, e qual a real importância de nossas filosofias de vida

Lailah disse...

http://www.youtube.com/watch?v=-_pBud8k2bg ;)